R: Quaisquer que sejam os padrões para os quais você está trabalhando, F-Numbers, DIN Standard ou TR34 da UK Concrete Society, uma especificação exagerada além de ser um desperdício de dinheiro, pode acabar definindo um piso que precisará de mais manutenção e levará muito mais tempo para executar.

Se você está propondo uma instalação de corredor longo, não é aconselhável definir uma especificação de planicidade do piso que exija medição ao longo de um caminho de pista de roda definido, mesmo que você planeje mudar para corredor estreito no futuro. Em primeiro lugar, a mudança muitas vezes não acontece. As demandas mudam, como você vai adivinhar o trajeto da sua empilhadeira no futuro? E você realmente vai mover todos esses sprinklers, luzes e racks? Mesmo que você tenha medido o piso e feito o executor fazer pequenas fresagens onde estava fora de tolerância, isso não significa automaticamente que o piso estará em tolerância onde as empilhadeiras realmente passam – tanto no corredor largo quanto no estreito. Além disso, com uma tolerância mais justa, haverá mais juntas. Você pode posicioná-las inteligentemente sob o rack já existente ou algum sistema de rack futuro. Quanto menos juntas houver, melhor. Menos juntas significam menos manutenção.

Eu adotaria a especificação Concrete Society TR34 FM2. Não se deixe enganar pelos nomes. Só porque um piso é especificado como Categoria dois ou FM2, e não é, portanto, descrito como "Superflat", não significa que será um piso inferior. Em termos de acabamento pode ser melhor. Muito trabalho tem que ser feito na superfície do concreto molhado usando fôrmas de bordas e correção contínua da superfície até obter um piso "Superflat", e isso às vezes prejudica o acabamento. É certamente muito difícil obter um piso com adição a seco de endurecedor colorido para tolerâncias “Superflat”, e fazer polimento desse piso pode arruiná-lo. Se você não precisar dele, não o especifique. Gaste seu dinheiro em outro lugar no piso, talvez utilizando juntas metálicas onde houver maior tráfego, ou especificando um acabamento reflexivo leve para economizar energia na iluminação, ou seja investindo no que realmente poderá trazer algum benefício para o usuário final.

R: O prefixo FM dá uma noção. FM1 é a mais alta  das categorias de Livre Circulação (FM) da CSTR34:2003. Livre circulação é quando as empilhadeiras, seja qual for o tipo, podem se mover em qualquer direção. No caso de corredores, isso geralmente significa corredores largos de 2,8-3,0m ou mais.  A empilhadeira pode virar no corredor e pode tomar qualquer caminho para cima e para baixo no corredor. Também pode ser aplicado fora de corredores muito mais estreitos, por exemplo, onde as empilhadeiras de alcance ou empilhadeiras de corredor estreito giram à medida que se movem de um corredor para outro. Da mesma forma, em armazéns, as categorias FM aplicam-se a áreas de triagem, corredores de transferência, sob mezaninos e assim por diante. O FM1 é bastante oneroso, particularmente a propriedade de nivelamento e geralmente só é necessário onde há empilhadeiras VNA (corredor muito estreito) transferindo de um VNA para outro, ou onde veículos AGV guiados a laser ou similares estão sendo usados.

Tanto a Categoria 1 quanto a DM1 se aplicam ao movimento definido. Ou seja, o caminho da empilhadeira é fixo, e a empilhadeira é guiada por trilhos em ambos os lados do corredor ou por orientação de fio no centro do corredor. O trajeto das empilhadeiras é geralmente definido quando a largura do corredor é inferior a aproximadamente 2,0m. (Raramente os corredores são construídos entre 2m e 2,8m porque eles não são realmente largos o suficiente para as empilhadeiras de alcance girarem e nem são estreitos o suficiente para o uso eficiente das empilhadeiras VNA).

Às vezes, as empilhadeiras articuladas podem operar em corredores estreitos sem estarem sujeitos a um caminho definido, mas o piso ainda precisa ser muito plano. No entanto, a confusão começa a surgir com a designação da categoria real. DM1 não é o mesmo que a categoria 1 e, de fato, é consideravelmente mais oneroso. DM2 é aproximadamente equivalente à Categoria 1. O DM1 é tão difícil de alcançar quanto a categoria TR34 Superflat, mais comumente conhecida, e nenhuma dessas duas especificações deve ser usada, a menos que a altura de alcance dos pregos de empilhadeira VNA seja superior a 13 metros. Categoria 1 e 'Superflat' são os mais fáceis para os executores de piso entenderem e mais amplamente utilizados. As especificações do DM foram adicionadas como uma opção no Apêndice ao TR34:2003. Prevê-se que a especificação DM seja adotada na próxima revisão do CSTR34.